domingo, 19 de janeiro de 2014

Diabos, Demônios, Satanás e a Palavra de Deus


Bispo Felismar Manoel (1)



"Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo;
porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
Portanto, tomai toda armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
Estais, pois firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça.
Calçai os pés com a preparação do Evangelho da Paz;
embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
Tomai também o capacete da salvação e a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus;
com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos
e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho,
pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo".

Paulo aos Efésios 6: 10-20.



Nos dias de hoje, se usa como sinônimos, as palavras diabos, demônios e satanás. Nas diversas versões da Bíblia, por vezes, os três vocábulos são usados se referindo ao espírito maligno, se referindo a satanás. É verdade que satanás sempre procura tirar proveito das situações onde se fazem presentes as ações dos diabos e dos demônios; entretanto, existem algumas diferenças entre esses dois conceitos.

Inicialmente vamos definir cada conceito a partir das suas origens na língua grega:

 diabolês, diabo em português; é um substantivo feminino, que expressa vários sentidos, como... desavença e inimizade; aversão e repugnância; medo e temor; acusação; calúnia.
Nos textos bíblicos é geralmente apresentado como um ente do mal que faz o "jogo ao contrário" do bem da pessoa, é um inimigo da salvação, é um caluniador.
Resumindo: Diabo é o que joga contra o nosso bem, valendo-se das nossas tendências naturais.

daimonion, demônio em português; é um substantivo neutro, que expressa os sentidos de divindade e poder divino; gênio, fantasma e espírito; fado, destino; mau espírito;
Nos textos bíblicos geralmente expressa o sentido de um ente espiritual que perturba a ordem da salvação em Cristo;
Resumindo: Demônio é um espírito desencarnado que tem afinidade com algum dos nossos modos de ser.

ãsatanaz, satanás em português; refere-se ao espírito do mal, o anjo decaído, que popularmente se denomina capeta, o ente espiritual opositor da salvação operada por Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Resumindo: Satanás é o espírito do mal inimigo de Cristo e da nossa salvação.

Os demônios

O que se entende por demônios nas literaturas antigas, de um modo bem generalizado? Quando se fala em demônios está se referindo a espíritos desencarnados, podendo ser os elementais da natureza, ou os espíritos humanos.

Demônios como espíritos (elementais) da natureza

Os espíritos elementais da natureza são infra-humanos, ou seja, nunca foram humanos, portanto podem ser os elementais da água (ninfas e ondinas); os elementais da terra (gnomos e pigmeus); os elementais do fogo (salamandras); ou os elementais do ar (sílfides); todos estes elementais sendo considerados como componentes dinâmicos não materiais, criados pelo Autor da Vida para fazer funcionar cada componente da natureza, considerando a natureza também uma das criaturas de Deus.
Algumas culturas antigas e outras dos dias de hoje, acreditam que esses elementais assumem funções de gênios, sendo responsáveis por certos comportamentos humanos; estes elementais se personalizam na individualidade dos seres humanos, para acerbar certos tendências da pessoa; como exemplos pode-se citar os arquétipos de íncubos e súcubos das mitologias antigas, que se tornam os responsáveis pelos comportamentos homossexuais passivos e ativos, de forma desregrada. Outras culturas consideram estes elementais como divindades, a quem atribuem certas tarefas no governo da natureza e que podem individualizar-se nas relações com algumas pessoas, tornando-se seus principais protetores; como exemplos temos os arquétipos dos diferentes orixás nas culturas africanas, principalmente na cultura iorubá.

Demônios como espíritos humanos desencarnados

Entende-se também por demônios, os espíritos desencarnados que se manifestam como inteligências humanas extracorpóreas, incluindo aí as almas dos mortos, ou qualquer outra sorte de espíritos, sejam considerados bons ou maus pelos diferentes grupos de culturas humanas.

Nos escritos antigos fala-se de "bons demônios" e "maus demônios", podendo ser "divindades" ou "gênios", responsáveis por influenciarem ou produzirem induções comportamentais nos seres humanos encarnados, ou nos fenômenos naturais. Esses demônios interagem conosco, a partir de afinidades com alguns aspectos de afirmação dos nossos egos pessoais, ou por afinidades com algumas de nossas tendências.
É interessante notar que o Evangelho Alforriador de Jesus Cristo confere aos discípulos de Cristo, poder sobre todos os tipos de demônios.

Relações entre os humanos e os espíritos

Querer negar as possibilidades de influenciação recíproca entre seres humanos encarnados e espíritos desencarnados é uma bobagem, pois a vida nas diversas igrejas e outras instituições religiosas, provam essas inter-influenciações, na maioria das vezes prejudiciais a maturidade espiritual da pessoa e à sua libertação e crescimento espiritual em Cristo.
Nos relatos bíblicos do Velho Testamento é proibido a busca de dialogo com os espíritos dos "mortos" pelos humanos vivos na carne, e não encontramos no Novo Testamento, nenhuma autorização para organizar uma forma cultual de consulta aos espíritos dos mortos.

Assistência espiritual dos cristãos

O evangelho de Jesus nos traz a promessa de Jesus Cristo, de não nos deixar na orfandade da sua presença, pois que o Espírito Santo faria esta função de Paracleto (Assistente) para nos orientar em todas as coisas. Graças a Deus isto aconteceu ao completar os dez dias após a ascensão de Jesus Cristo aos céus, quando ele enviou o Espirito Santo sobre seus discípulos reunidos em Jerusalém; enquanto comunidades eclesiais, temos sido amparados e orientados pelo Espírito Divino em todas as regiões do planeta onde existe a presença da Igreja de Cristo, desde aquele Pentecostes memorável dez dias após a Ascensão de Cristo aos céus, não tendo necessidade nenhum cristão, em qualquer lugar, de consultar espíritos de mortos sobre as questões da vida.

Como pode um demônio nos influenciar?

Para esclarecer este assunto com mais propriedade, acho conveniente refletir um pouco sobre a formação do sistema neurológico do ser humano. O nosso sistema neural é composto por três complexos blocos, sendo cada um desses blocos construídos por Deus ao criar certos grupos de animais que formam o filo dos vertebrados (animais que tem ossos).
O primeiro bloco é comum também aos peixes, anfíbios e répteis; o segundo sobreposto ao primeiro, é comum nos mamíferos; e o terceiro sobreposto aos outros dois, é comum nos macacos, apresenta vestígios de sua existência nos fósseis dos hominidas extintos, e também está presente nos humanos.
Temos uma estrutura neural complexa, cuja função principal é nos adaptar ao meio onde vivemos; o cérebro faz trocas constantes de informações entre o meio ambiente e os comandos de como agir no meio onde se vive.

Como o cérebro funciona?

A célula básica funcional do cérebro é chamada de neurônio. Trata-se de uma célula animal especializada em transmitir informações através de baixas correntes elétricas, que faz a liberação de substâncias bioquímicas no terminal do neurônio, e que é captada por outro neurônio, propagando assim a informação; dependendo do tipo da substância química produzida, poderá manter a informação inicial, poderá inibir a informação inicial, ou moderar a informação recebida.

Cada comportamento humano, tanto no plano dos pensamentos, das emoções, dos sentimentos, dos afetos, das funções corporais, ou das ações socioculturais, envolvem um determinado número de neurônios, formando portanto o conjunto de neurônios envolvidos, um padrão neural comportamental.
Este conjunto de neurônios com atividades afins, funciona por meio de fluxos elétricos e ações bioquímicas e recebe o nome de "engrama neural comportamental", produzindo nas áreas cerebrais diversificados "campos eletromagnéticos" e vibrações em variadas frequências, podendo portanto, ser compreendidas, quer em comprimento de ondas, quer em frequências em Hertz (unidades de medidas).

Como ocorrem as interações entre espíritos e pessoas

As afinidades entre inteligências extracorpóreas (espíritos desencarnados) e inteligências endo-corpóreas (espíritos encarnados, os seres humanos), se fazem pela sintonia das vibrações frequênciais de cada um de nós (sintonia é vibrar na mesma faixa) com o determinado espírito.
Aquilo que somos de fato, em segredo, na nossa intimidade mais séria, influenciados pelos nossos desejos mais íntimos (mesmo que sejam ocultos), pelos nossos pensamentos, pelas nossas emoções, pelos nossos afetos e sentimentos, movimentam as nossas trocas entre neurônios e produzem os nossos campos eletromagnéticos, sobre os quais agem os espíritos desencarnados, em consequência das afinidades com essas nossas idiossincrasias (nossas subjetividades individuais, nosso jeito de ser), produzindo as suas interferências em nossas vidas (perturbação, encosto espiritual, indução espiritual ruim, obsessão espiritual).

O ministério dos anjos de Deus

O ministério dos anjos de Deus ajudam os seres humanos que creem em Deus e cultivam o seu amor e reverência; mas as vezes nós humanos insistimos nos mesmos comportamentos, buscando a afirmação e satisfação dos nossos egos animais socioculturais, e colocando em segundo plano o ideal de construção do self espiritual cristão segundo o modelo de Cristo, facilitando, pelo mau uso do nosso livre arbítrio, as interferências espirituais nefastas a nossa espiritualidade em Cristo, conforme propõe o seu evangelho alforriador.

Dos espíritos verdadeiramente bons

Existem legiões de espíritos que compõem as testemunhas de Cristo, e estes se conjugam com os planos espirituais dos anjos de Deus em seu ministério a favor dos seres humanos.

Não faz parte do ministério dos anjos ajudar os humanos a organizar culto aos próprios anjos, culto aos espíritos, culto às almas dos mortos, culto aos santos, culto aos gênios, culto às divindades, culto aos demônios, culto a satanás; só existe como legítimo o culto de adoração, amor, serviço e reverência a Deus nas pessoas do Pai, do Cristo Filho e do Espírito Santo. O ministério dos anjos é constituído a favor dos humanos na sua relação com Deus em Cristo, conforme os planos de salvação oferecidos pelo Filho de Deus.

Na ordem angelical existe uma verdadeira hierarquia espiritual envolvida nos cumprimentos dos propósitos de Deus, tendo em ordem a criação, a manutenção, o funcionamento e a realização do propósito do universo. O nosso papel como cristãos é formar o Corpo de Cristo, pelo poder que ele concedeu de nos tornarmos filhos de Deus, construindo aqui na terra o seu Abençoado Reino, agindo como operários de sua messe, mas de acordo com o evangelho do reino, aguardando o dia nos fins dos séculos, quando ele virá para restaurar todas as coisas e assumir o seu Trono de Rei do Universo.

Afinal, como se discriminam os diabos, os demônios e satanás?

Para discernir este assunto à luz dos evangelhos de Jesus, vamos tomar o texto que relata as tentações de Jesus Cristo no deserto, logo após o seu batismo. A narrativa encontra-se em Mateus 4: 1-11; Marcos 1 :12-13; Lucas 4: 1-13. Estou tomando o texto de Mateus:

"Após sair das águas do batismo, foi Jesus levado pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.
Jesus, porém, respondeu: Está escrito:
Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse:
Se és o Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito:
Aos seus Anjos ordenará a teu respeito que te guardem;
e: Eles te susterão nas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito:
Não tentarás o Senhor, teu Deus.
Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse:
Todo isto te darei se, prostrado me adorares.
Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, satanás, porque está escrito:
Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.
Com isto, o deixou-o o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram".

Tentação do diabo

O diabo age geralmente a partir de nossas pulsões do ego, valendo-se dos elementos habituais de contentamento da pessoa, mas que postos em prática contribuem contra os propósitos dos planos de salvação, ou que constitui um empecilho para a realização do self individual idealizado (é a vida segundo o modelo de Cristo).
O diabo poderá ser um ente elemental da natureza, que semeia em nossa consciência e nossos pensamentos, ideias falsas ou ímpetos naturais que contrariam os nossos propósitos de progresso pessoal. O diabo tem muita relação de afinidade com os nossos desejos da carne, com as nossas pulsões do ego, com as nossas tendências pessoais.
No texto exposto acima da narrativa evangélica, vemos que o tentador usou a pulsão da fome de Jesus, na intenção de levá-lo a romper com o seu propósito salvacional; tentou corromper os seus ideais divinos e transformar Jesus em um grande taumaturgo humano (ser humano que produz fatos maravilhosos), usando dos seus poderes de Ungido de Deus de modo errôneo. Se isto acontecesse seria um desvio de rota dos propósitos estabelecidos pelo Pai.
Vemos que nesse episódio, o diabo ousou usar até mesmo os textos das Escrituras Sagradas na tentativa de induzir ao erro o Filho de Deus feito Homem, com certeza sendo manipulado por satanás; entretanto, percebemos que Jesus usou com autoridade a Palavra de Deus para reagir contra as tentações do maligno.

Tentação dos demônios

Embora os diabos possam ser enquadrados no rol das tentações demoníacas, posto que se classificam também como entes espirituais desencarnados, há uma certa propriedade diferenciadora nos demônios, como espíritos humanos desencarnados que que tem certas afinidades com a pessoa:
  • poderá ter afinidades com os seus pensamentos e ideias, se situando no terreno das ideologias cultivadas, atendendo aos desejos do seu ponto de vista pessoal;
  • poderá se manifestar induzindo o ser humano nas suas justificativas pessoais, nos seus mecanismos de defesa, levando quase sempre a justificar os seus pontos de vistas;
  • as pessoas sob influências dos demônios, enquanto espíritos humanos desencarnados, quase sempre afirmam as suas posturas como próprias, tendo dificuldade para perceber que existem outros espíritos se alimentando das emoções que seu estilo pessoal possibilita para ambos.
Há uma necessidade destas pessoas se submeterem às autoridades pastorais e de direção espiritual, quando do tratamento para se libertarem, necessitando de jejuns, orações e reflexões assistidas pastoralmente sobre a palavra de Deus. Jesus Cristo conferiu poder aos seus discípulos contra todas as classes de demônios.

As investidas e o proveito tirado por satanás contra nós

Satanás é o agente do mal por excelência; é a figura mitológica utilizada para incorporar o papel dos anjos decaídos, que foram expulsos do céus da habitação divina e se tornou o inimigo dos propósitos da Santíssima Trindade, de salvar os seres humanos de boa vontade. Geralmente este espírito do mal tira proveito da invigilância do crente e da sua vida fora da santidade, em desacordo com o que Jesus Cristo propôs. Satanás induz toda as classes de demônios que se desalinham do ministério do anjos de Deus, exercendo sobre eles verdadeiro domínio em prejuízo da nossa verdadeira espiritualização em Cristo.
No texto exposto, sobre as tentações de Jesus Cristo, satanás usou de poderes de projeção da consciência extracorpórea, levando Jesus a uma altíssima montanha de onde fosse possível ver todos os reinos do mundo submetidos a satanás; de modo muito descarado, propôs dar tudo a Jesus se ele prostrado por terra o adorasse. Que petulância! Satanás propôs dar-lhe os seus reinos de submissão, logo a Jesus de Nazaré, a encarnação do Cristo Filho de Deus, portanto, o Rei de Todo o Universo. Jesus o derrotou usando a Espada do Espírito, a Palavra de Deus e o exorcizou para o seu próprio lugar.

Proveitos espirituais para nós a partir destas reflexões

O cristão não deve se submeter a nenhuma outra orientação divergente do evangelho. A bitola que orienta a nossa espiritualidade, a nossa própria vida, é aquela que está contida nos evangelhos, pois ela é procedente dos ensinamentos de Jesus de Nazaré, a encarnação do Filho de Deus. Jesus Cristo constitui o Embaixador do Céu, que veio à Terra para cuidar aqui dos interesses do Povo de Deus. João (3: 16), seu discípulo amado, registrou que ele veio para atender o amor do Pai pelo mundo, a fim de que, todo aquele que nele crer, não experimente a morte espiritual, mas possua a vida eterna.
Após este grande movimento da Santíssima Trindade a nosso favor, não temos o direito de negligenciar os ensinamentos de Jesus Cristo, em favor das mensagens truncadas apresentadas por diferentes visões e aparições, ou outras comunicações de espíritos que se dizem bons, santos, ou celestes, quando suas mensagens apresentarem outras ideias e doutrinas diversas do evangelho.
Na sua Primeira Carta, João (4: 1-6) orienta a fazer provas aos espíritos, dizendo que todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; por outro lado ele afirma que, todo espírito que não confessa Jesus Cristo, não procede de Deus. Paulo também admoesta que, qualquer espírito que apresentar um evangelho diferente do evangelho de Jesus Cristo, deve ser exorcizado, pois neste caso ele não procede da parte de Deus (Gálatas 1:8).
Do ponto de vista individual o cristão deve ser cuidadoso e ter sempre presente que todas as suas pulsões carnais, tendências, desejos, caprichos, muito impositivos e descontrolados, podem estar atendendo a entes diabólicos da própria natureza; da mesma maneira, as ideias arraigadas, as ideologias exclusivistas e sem diálogos, os preconceitos, a intolerância com os diferentes, podem ser fontes de aprisionamento aos demônios com os quais podem ter afinidades diversas. É preciso cuidado, pois todos esses tipos de demônios são alvos fáceis para as manobras de satanás, para afastar o cristão da harmonia e comunhão com os membros da comunidade eclesial.
Cada cristão crente fiel, batizado em Cristo e no Espírito Santo é membro do Corpo de Cristo, constituindo o Povo de Deus na terra e participando da comunhão que há em Cristo e todos os santos, mantida e celebrada nos encontros cultuais de adoração a Deus nos templos. Satanás tem um profundo interesse em quebrar estes elos de verdadeira comunhão entre o Povo de Deus, afastando os membros do amor recíproco e da verdadeira comunhão que há entre Deus e seu povo reunido no amor de Cristo. Ore, jejue, estude a palavra de Deus, peça orientação aos pastores e diretores espirituais. A Segunda Carta de Pedro (5:8) inspira uma advertência aos irmãos, nas Orações das Completas no Diurnal Brasiliense: "irmãos sede sóbrios e vigiai, porque vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós, como um leão que ruge, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que os vossos irmãos espalhados pelo mundo, sofrem as mesmas coisas". Mas Jesus Cristo já venceu esta luta por nós. Confiemos e vigiemos.



Referências Bibliográficas

Bíblia Sagrada, Almeida Revista e Atualizada no Brasil, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, São Paulo, 2009.

Dicionário Grego-Português e Português-Grego, Isidro Pereira, S. J. 5ª edição, Porto, Portugal, 1976.

Diurnal Brasiliense, Oficio de Completas. Manual de Oficio Divino do Catolicismo Salomonita, Caxias, Rio de Janeiro, Versão 2010.

Memorial de Antigas Culturas e Civilizações, Os Costumes dos Povos Antigos, Fontes Diversas em Latim, Grego, Francês e Espanhol. (Registros Pessoais Coletados de 1959 a 1972).






(1) - Professor Mestre Adjunto I da UNIGRANRIO; Doutor em Filosofia da Religião - SETESA/Não Capes; Mestre em Ciências da Motricidade Humana - UCB/Capes; Formação em Psicanálise Clínica - SFPC; Formação em Psicomotricidade Sistêmica - CEC; Formador-Didata em Terapia Psicomotora Analítico Clínica - TEPAC do CEBRASC; Especialista em Docência Superior - IBMR; Bacharel em Fisioterapia - IBMR; Bacharel em Filosofia - SETESA; Bacharel em Teologia - SETESA; Bispo Primaz do Catolicismo Evangélico Salomonita - ICAI-TS.

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