Bispo
Felismar Manoel (1)
"Sede
fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos
de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as
ciladas do Diabo;
porque
a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes.
Portanto,
tomai toda armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e,
depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
Estais,
pois firmes, cingindo-vos com a verdade
e vestindo-vos da couraça
da justiça.
Calçai
os pés com a preparação do Evangelho
da Paz;
embraçando
sempre o escudo
da fé,
com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
Tomai
também o capacete
da salvação
e a Espada
do Espírito,
que é a Palavra de Deus;
com
toda oração e súplica, orando
em todo tempo no
Espírito
e para isto vigiando
com toda perseverança e súplica por todos os santos
e
também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a
palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do
evangelho,
pelo
qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado
para falar, como me cumpre fazê-lo".
Paulo
aos Efésios 6: 10-20.
Nos
dias de hoje, se usa como sinônimos, as palavras diabos, demônios e
satanás. Nas diversas versões da Bíblia, por vezes, os três
vocábulos são usados se referindo ao espírito maligno, se
referindo a satanás. É verdade que satanás sempre procura tirar
proveito das situações onde se fazem presentes as ações dos
diabos e dos demônios; entretanto, existem algumas diferenças entre
esses dois conceitos.
Inicialmente
vamos definir cada conceito a partir das suas origens na língua
grega:
diabolês,
diabo em português; é um substantivo feminino, que expressa vários
sentidos, como... desavença e inimizade; aversão e repugnância;
medo e temor; acusação; calúnia.
Nos
textos bíblicos é geralmente apresentado como um ente do mal que
faz o "jogo ao contrário" do bem da pessoa, é um inimigo
da salvação, é um caluniador.
Resumindo:
Diabo é o que joga contra o nosso bem, valendo-se das nossas
tendências naturais.
daimonion,
demônio em português; é um substantivo neutro, que expressa os
sentidos de divindade e poder divino; gênio, fantasma e espírito;
fado, destino; mau espírito;
Nos
textos bíblicos geralmente expressa o sentido de um ente espiritual
que perturba a ordem da salvação em Cristo;
Resumindo:
Demônio é um espírito desencarnado que tem afinidade com algum dos
nossos modos de ser.
ãsatanaz,
satanás
em português; refere-se ao espírito do mal, o anjo decaído, que
popularmente se denomina capeta, o ente espiritual opositor da
salvação operada por Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Resumindo:
Satanás é o espírito do mal inimigo de Cristo e da nossa salvação.
Os
demônios
O
que se entende por demônios nas literaturas antigas, de um modo bem
generalizado? Quando se fala em demônios está se referindo a
espíritos desencarnados, podendo ser os elementais da natureza, ou
os espíritos humanos.
Demônios
como espíritos (elementais) da natureza
Os
espíritos elementais da natureza são infra-humanos, ou seja, nunca
foram humanos, portanto podem ser os elementais da água (ninfas e
ondinas); os elementais da terra (gnomos e pigmeus); os elementais do
fogo (salamandras); ou os elementais do ar (sílfides); todos estes
elementais sendo considerados como componentes dinâmicos não
materiais, criados pelo Autor da Vida para fazer funcionar cada
componente da natureza, considerando a natureza também uma das
criaturas de Deus.
Algumas
culturas antigas e outras dos dias de hoje, acreditam que esses
elementais assumem funções de gênios, sendo responsáveis por
certos comportamentos humanos; estes elementais se personalizam na
individualidade dos seres humanos, para acerbar certos tendências da
pessoa; como exemplos pode-se citar os arquétipos de íncubos e
súcubos das mitologias antigas, que se tornam os responsáveis pelos
comportamentos homossexuais passivos e ativos, de forma desregrada.
Outras culturas consideram estes elementais como divindades, a quem
atribuem certas tarefas no governo da natureza e que podem
individualizar-se nas relações com algumas pessoas, tornando-se
seus principais protetores; como exemplos temos os arquétipos dos
diferentes orixás nas culturas africanas, principalmente na cultura
iorubá.
Demônios
como espíritos humanos desencarnados
Entende-se
também por demônios, os espíritos desencarnados que se manifestam
como inteligências humanas extracorpóreas, incluindo aí as almas
dos mortos, ou qualquer outra sorte de espíritos, sejam considerados
bons ou maus pelos diferentes grupos de culturas humanas.
Nos
escritos antigos fala-se de "bons demônios" e "maus
demônios", podendo ser "divindades" ou "gênios",
responsáveis por influenciarem ou produzirem induções
comportamentais nos seres humanos encarnados, ou nos fenômenos
naturais. Esses demônios interagem conosco, a partir de afinidades
com alguns aspectos de afirmação dos nossos egos pessoais, ou por
afinidades com algumas de nossas tendências.
É
interessante notar que o Evangelho Alforriador de Jesus Cristo
confere aos discípulos de Cristo, poder sobre todos os tipos de
demônios.
Relações
entre os humanos e os espíritos
Querer
negar as possibilidades de influenciação recíproca entre seres
humanos encarnados e espíritos desencarnados é uma bobagem, pois a
vida nas diversas igrejas e outras instituições religiosas, provam
essas inter-influenciações, na maioria das vezes prejudiciais a
maturidade espiritual da pessoa e à sua libertação e crescimento
espiritual em Cristo.
Nos
relatos bíblicos do Velho Testamento é proibido a busca de dialogo
com os espíritos dos "mortos" pelos humanos vivos na
carne, e não encontramos no Novo Testamento, nenhuma autorização
para organizar uma forma cultual de consulta aos espíritos dos
mortos.
Assistência
espiritual dos cristãos
O
evangelho de Jesus nos traz a promessa de Jesus Cristo, de não nos
deixar na orfandade da sua presença, pois que o Espírito Santo
faria esta função de Paracleto (Assistente) para nos orientar em
todas as coisas. Graças a Deus isto aconteceu ao completar os dez
dias após a ascensão de Jesus Cristo aos céus, quando ele enviou o
Espirito Santo sobre seus discípulos reunidos em Jerusalém;
enquanto comunidades eclesiais, temos sido amparados e orientados
pelo Espírito Divino em todas as regiões do planeta onde existe a
presença da Igreja de Cristo, desde aquele Pentecostes memorável
dez dias após a Ascensão de Cristo aos céus, não tendo
necessidade nenhum cristão, em qualquer lugar, de consultar
espíritos de mortos sobre as questões da vida.
Como
pode um demônio nos influenciar?
Para
esclarecer este assunto com mais propriedade, acho conveniente
refletir um pouco sobre a formação do sistema neurológico do ser
humano. O nosso sistema neural é composto por três complexos
blocos, sendo cada um desses blocos construídos por Deus ao criar
certos grupos de animais que formam o filo dos vertebrados (animais
que tem ossos).
O
primeiro bloco é comum também aos peixes, anfíbios e répteis; o
segundo sobreposto ao primeiro, é comum nos mamíferos; e o terceiro
sobreposto aos outros dois, é comum nos macacos, apresenta vestígios
de sua existência nos fósseis dos hominidas extintos, e também
está presente nos humanos.
Temos
uma estrutura neural complexa, cuja função principal é nos adaptar
ao meio onde vivemos; o cérebro faz trocas constantes de informações
entre o meio ambiente e os comandos de como agir no meio onde se
vive.
Como
o cérebro funciona?
A
célula básica funcional do cérebro é chamada de neurônio.
Trata-se de uma célula animal especializada em transmitir
informações através de baixas correntes elétricas, que faz a
liberação de substâncias bioquímicas no terminal do neurônio, e
que é captada por outro neurônio, propagando assim a informação;
dependendo do tipo da substância química produzida, poderá manter
a informação inicial, poderá inibir a informação inicial, ou
moderar a informação recebida.
Cada
comportamento humano, tanto no plano dos pensamentos, das emoções,
dos sentimentos, dos afetos, das funções corporais, ou das ações
socioculturais, envolvem um determinado número de neurônios,
formando portanto o conjunto de neurônios envolvidos, um padrão
neural comportamental.
Este
conjunto de neurônios com atividades afins, funciona por meio de
fluxos elétricos e ações bioquímicas e recebe o nome de "engrama
neural comportamental", produzindo nas áreas cerebrais
diversificados "campos eletromagnéticos" e vibrações em
variadas frequências, podendo portanto, ser compreendidas, quer em
comprimento de ondas, quer em frequências em Hertz (unidades de
medidas).
Como
ocorrem as interações entre espíritos e pessoas
As
afinidades entre inteligências extracorpóreas (espíritos
desencarnados) e inteligências endo-corpóreas (espíritos
encarnados, os seres humanos), se fazem pela sintonia das vibrações
frequênciais de cada um de nós (sintonia é vibrar na mesma faixa)
com o determinado espírito.
Aquilo
que somos de fato, em segredo, na nossa intimidade mais séria,
influenciados pelos nossos desejos mais íntimos (mesmo que sejam
ocultos), pelos nossos pensamentos, pelas nossas emoções, pelos
nossos afetos e sentimentos, movimentam as nossas trocas entre
neurônios e produzem os nossos campos eletromagnéticos, sobre os
quais agem os espíritos desencarnados, em consequência das
afinidades com essas nossas idiossincrasias (nossas subjetividades
individuais, nosso jeito de ser), produzindo as suas interferências
em nossas vidas (perturbação, encosto espiritual, indução
espiritual ruim, obsessão espiritual).
O
ministério dos anjos de Deus
O
ministério dos anjos de Deus ajudam os seres humanos que creem em
Deus e cultivam o seu amor e reverência; mas as vezes nós humanos
insistimos nos mesmos comportamentos, buscando a afirmação e
satisfação dos nossos egos animais socioculturais, e colocando em
segundo plano o ideal de construção do self espiritual cristão
segundo o modelo de Cristo, facilitando, pelo mau uso do nosso livre
arbítrio, as interferências espirituais nefastas a nossa
espiritualidade em Cristo, conforme propõe o seu evangelho
alforriador.
Dos
espíritos verdadeiramente bons
Existem
legiões de espíritos que compõem as testemunhas de Cristo, e estes
se conjugam com os planos espirituais dos anjos de Deus em seu
ministério a favor dos seres humanos.
Não
faz parte do ministério dos anjos ajudar os humanos a organizar
culto aos próprios anjos, culto aos espíritos, culto às almas dos
mortos, culto aos santos, culto aos gênios, culto às divindades,
culto aos demônios, culto a satanás; só existe como legítimo o
culto de adoração, amor, serviço e reverência a Deus nas pessoas
do Pai, do Cristo Filho e do Espírito Santo. O ministério dos anjos
é constituído a favor dos humanos na sua relação com Deus em
Cristo, conforme os planos de salvação oferecidos pelo Filho de
Deus.
Na
ordem angelical existe uma verdadeira hierarquia espiritual envolvida
nos cumprimentos dos propósitos de Deus, tendo em ordem a criação,
a manutenção, o funcionamento e a realização do propósito do
universo. O nosso papel como cristãos é formar o Corpo de Cristo,
pelo poder que ele concedeu de nos tornarmos filhos de Deus,
construindo aqui na terra o seu Abençoado Reino, agindo como
operários de sua messe, mas de acordo com o evangelho do reino,
aguardando o dia nos fins dos séculos, quando ele virá para
restaurar todas as coisas e assumir o seu Trono de Rei do Universo.
Afinal,
como se discriminam os diabos, os demônios e satanás?
Para
discernir este assunto à luz dos evangelhos de Jesus, vamos tomar o
texto que relata as tentações de Jesus Cristo no deserto, logo após
o seu batismo. A narrativa encontra-se em Mateus 4: 1-11; Marcos 1
:12-13; Lucas 4: 1-13. Estou tomando o texto de Mateus:
"Após
sair das águas do batismo, foi Jesus levado pelo Espírito Santo ao
deserto, para ser tentado pelo diabo.
E,
depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
Então,
o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda
que estas pedras se transformem em pães.
Jesus,
porém, respondeu: Está escrito:
Não
só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca
de Deus.
Então,
o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do
templo e lhe disse:
Se
és o Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito:
Aos
seus Anjos ordenará a teu respeito que te guardem;
e:
Eles te susterão nas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
Respondeu-lhe
Jesus: Também está escrito:
Não
tentarás o Senhor, teu Deus.
Levou-o
ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do
mundo e a glória deles e lhe disse:
Todo
isto te darei se, prostrado me adorares.
Então,
Jesus lhe ordenou: Retira-te, satanás, porque está escrito:
Ao
Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.
Com
isto, o deixou-o o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram".
Tentação
do diabo
O
diabo age geralmente a partir de nossas pulsões do ego, valendo-se
dos elementos habituais de contentamento da pessoa, mas que postos em
prática contribuem contra os propósitos dos planos de salvação,
ou que constitui um empecilho para a realização do self
individual
idealizado (é a vida segundo o modelo de Cristo).
O
diabo poderá ser um ente elemental da natureza, que semeia em nossa
consciência e nossos pensamentos, ideias falsas ou ímpetos naturais
que contrariam os nossos propósitos de progresso pessoal. O diabo
tem muita relação de afinidade com os nossos desejos da carne, com
as nossas pulsões do ego, com as nossas tendências pessoais.
No
texto exposto acima da narrativa evangélica, vemos que o tentador
usou a pulsão da fome de Jesus, na intenção de levá-lo a romper
com o seu propósito salvacional; tentou corromper os seus ideais
divinos e transformar Jesus em um grande taumaturgo humano (ser
humano que produz fatos maravilhosos), usando dos seus poderes de
Ungido de Deus de modo errôneo. Se isto acontecesse seria um desvio
de rota dos propósitos estabelecidos pelo Pai.
Vemos
que nesse episódio, o diabo ousou usar até mesmo os textos das
Escrituras Sagradas na tentativa de induzir ao erro o Filho de Deus
feito Homem, com certeza sendo manipulado por satanás; entretanto,
percebemos que Jesus usou com autoridade a Palavra de Deus para
reagir contra as tentações do maligno.
Tentação
dos demônios
Embora
os diabos possam ser enquadrados no rol das tentações demoníacas,
posto que se classificam também como entes espirituais
desencarnados, há uma certa propriedade diferenciadora nos demônios,
como espíritos humanos desencarnados que que tem certas afinidades
com a pessoa:
- poderá ter afinidades com os seus pensamentos e ideias, se situando no terreno das ideologias cultivadas, atendendo aos desejos do seu ponto de vista pessoal;
- poderá se manifestar induzindo o ser humano nas suas justificativas pessoais, nos seus mecanismos de defesa, levando quase sempre a justificar os seus pontos de vistas;
- as pessoas sob influências dos demônios, enquanto espíritos humanos desencarnados, quase sempre afirmam as suas posturas como próprias, tendo dificuldade para perceber que existem outros espíritos se alimentando das emoções que seu estilo pessoal possibilita para ambos.
Há
uma necessidade destas pessoas se submeterem às autoridades
pastorais e de direção espiritual, quando do tratamento para se
libertarem, necessitando de jejuns, orações e reflexões assistidas
pastoralmente sobre a palavra de Deus. Jesus Cristo conferiu poder
aos seus discípulos contra todas as classes de demônios.
As
investidas e o proveito tirado por satanás contra nós
Satanás
é o agente do mal por excelência; é a figura mitológica utilizada
para incorporar o papel dos anjos decaídos, que foram expulsos do
céus da habitação divina e se tornou o inimigo dos propósitos da
Santíssima Trindade, de salvar os seres humanos de boa vontade.
Geralmente este espírito do mal tira proveito da invigilância do
crente e da sua vida fora da santidade, em desacordo com o que Jesus
Cristo propôs. Satanás induz toda as classes de demônios que se
desalinham do ministério do anjos de Deus, exercendo sobre eles
verdadeiro domínio em prejuízo da nossa verdadeira espiritualização
em Cristo.
No
texto exposto, sobre as tentações de Jesus Cristo, satanás usou de
poderes de projeção da consciência extracorpórea, levando Jesus a
uma altíssima montanha de onde fosse possível ver todos os reinos
do mundo submetidos a satanás; de modo muito descarado, propôs dar
tudo a Jesus se ele prostrado por terra o adorasse. Que petulância!
Satanás propôs dar-lhe os seus reinos de submissão, logo a Jesus
de Nazaré, a encarnação do Cristo Filho de Deus, portanto, o Rei
de Todo o Universo. Jesus o derrotou usando a Espada do Espírito, a
Palavra de Deus e o exorcizou para o seu próprio lugar.
Proveitos
espirituais para nós a partir destas reflexões
O
cristão não deve se submeter a nenhuma outra orientação
divergente do evangelho. A bitola que orienta a nossa
espiritualidade, a nossa própria vida, é aquela que está contida
nos evangelhos, pois ela é procedente dos ensinamentos de Jesus de
Nazaré, a encarnação do Filho de Deus. Jesus Cristo constitui o
Embaixador do Céu, que veio à Terra para cuidar aqui dos interesses
do Povo de Deus. João (3: 16), seu discípulo amado, registrou que
ele veio para atender o amor do Pai pelo mundo, a fim de que, todo
aquele que nele crer, não experimente a morte espiritual, mas possua
a vida eterna.
Após
este grande movimento da Santíssima Trindade a nosso favor, não
temos o direito de negligenciar os ensinamentos de Jesus Cristo, em
favor das mensagens truncadas apresentadas por diferentes visões e
aparições, ou outras comunicações de espíritos que se dizem
bons, santos, ou celestes, quando suas mensagens apresentarem outras
ideias e doutrinas diversas do evangelho.
Na
sua Primeira Carta, João (4: 1-6) orienta a fazer provas aos
espíritos, dizendo que todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; por outro lado ele afirma que, todo
espírito que não confessa Jesus Cristo, não procede de Deus. Paulo
também admoesta que, qualquer espírito que apresentar um evangelho
diferente do evangelho de Jesus Cristo, deve ser exorcizado, pois
neste caso ele não procede da parte de Deus (Gálatas 1:8).
Do
ponto de vista individual o cristão deve ser cuidadoso e ter sempre
presente que todas as suas pulsões carnais, tendências, desejos,
caprichos, muito impositivos e descontrolados, podem estar atendendo
a entes diabólicos da própria natureza; da mesma maneira, as ideias
arraigadas, as ideologias exclusivistas e sem diálogos, os
preconceitos, a intolerância com os diferentes, podem ser fontes de
aprisionamento aos demônios com os quais podem ter afinidades
diversas. É preciso cuidado, pois todos esses tipos de demônios são
alvos fáceis para as manobras de satanás, para afastar o cristão
da harmonia e comunhão com os membros da comunidade eclesial.
Cada
cristão crente fiel, batizado em Cristo e no Espírito Santo é
membro do Corpo de Cristo, constituindo o Povo de Deus na terra e
participando da comunhão que há em Cristo e todos os santos,
mantida e celebrada nos encontros cultuais de adoração a Deus nos
templos. Satanás tem um profundo interesse em quebrar estes elos de
verdadeira comunhão entre o Povo de Deus, afastando os membros do
amor recíproco e da verdadeira comunhão que há entre Deus e seu
povo reunido no amor de Cristo. Ore, jejue, estude a palavra de Deus,
peça orientação aos pastores e diretores espirituais. A Segunda
Carta de Pedro (5:8) inspira uma advertência aos irmãos, nas
Orações das Completas no Diurnal Brasiliense: "irmãos sede
sóbrios e vigiai, porque vosso adversário, o demônio, anda ao
redor de vós, como um leão que ruge, procurando a quem devorar.
Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que os vossos irmãos espalhados
pelo mundo, sofrem as mesmas coisas". Mas Jesus Cristo já
venceu esta luta por nós. Confiemos e vigiemos.
Referências
Bibliográficas
Bíblia
Sagrada, Almeida Revista e Atualizada no Brasil, Sociedade Bíblica
do Brasil, Barueri, São Paulo, 2009.
Dicionário
Grego-Português e Português-Grego, Isidro Pereira, S. J. 5ª
edição, Porto, Portugal, 1976.
Diurnal
Brasiliense, Oficio de Completas. Manual de Oficio Divino do
Catolicismo Salomonita, Caxias, Rio de Janeiro, Versão 2010.
Memorial
de Antigas Culturas e Civilizações, Os Costumes dos Povos Antigos,
Fontes Diversas em Latim, Grego, Francês e Espanhol. (Registros
Pessoais Coletados de 1959 a 1972).
(1)
- Professor Mestre Adjunto I da UNIGRANRIO; Doutor em Filosofia da
Religião - SETESA/Não Capes; Mestre em Ciências da Motricidade
Humana - UCB/Capes; Formação em Psicanálise Clínica - SFPC;
Formação em Psicomotricidade Sistêmica - CEC; Formador-Didata em
Terapia Psicomotora Analítico Clínica - TEPAC do CEBRASC;
Especialista em Docência Superior - IBMR; Bacharel em Fisioterapia -
IBMR; Bacharel em Filosofia - SETESA; Bacharel em Teologia - SETESA;
Bispo Primaz do Catolicismo Evangélico Salomonita - ICAI-TS.
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